O que é SEO: além da definição comum
- Juliana Melo
- 6 de out.
- 17 min de leitura
Atualizado: 7 de out.
A web está repleta de definições rápidas sobre SEO, mas elas só arranham a superfície. Para compreender de verdade, é preciso olhar para a prática, entender como as estratégias se conectam no dia a dia e como a otimização vem ganhando camadas de complexidade ao longo do tempo.
Highlights
Experiência prática: os cases reais da Wesearch mostram o que é SEO para além da teoria.
Dilema da visibilidade: no atual mundo das buscas, as SERPs já não têm a mesma cara, e as novas configurações despertam questionamentos sobre o próprio conceito de visibilidade orgânica.
KPIs em declínio: CTR, volume de cliques e métricas centradas apenas em posição perdem relevância em função das respostas diretas das IAs e da evolução das SERPs.
Ascensão de métricas qualitativas, a intensificação da multimodalidade e o orquestramento da presença digital em múltiplas plataformas integradas estão entre as principais tendências para o “SEO do amanhã”.

Se você vem pesquisando sobre o que é SEO, provavelmente já esbarrou com várias explicações objetivas sobre o significado da sigla.
Afinal, basta dar um Google (ou perguntar ao ChatGPT) para receber respostas geradas por IA que trazem definições bem diretas sobre o conceito de Search Engine Optimization. Se você der sorte, elas podem até vir com uns exemplos hipotéticos e listinhas de “principais características”.
E a gente até poderia fazer algo parecido. Mas a verdade é que, se você chegou até aqui, provavelmente quer mais do que isso.
Qualquer resumo automático pode te explicar que “SEO é a otimização para mecanismos de busca, uma área do marketing digital que se baseia em técnicas e estratégias para melhorar a performance dos sites em buscadores como o Google” (ou alguma coisa do tipo).
É por isso que decidimos seguir um caminho diferente: além de mostrar cases reais da Wesearch que transformaram teoria em resultado, vamos também explorar como a IA está mudando a forma de pensar SEO e o que pode valer a pena em 2026.
Neste guia, você vai ver:
Os pilares clássicos do SEO
Antes de falar de IA e novas tendências, e antes mesmo de destrincharmos o famoso “o que é SEO”, é importante lembrar que ele nasceu sobre três pilares básicos. Eles continuam valendo, só ganharam novas camadas ao longo do tempo.
On-page SEO
Tudo o que acontece dentro do seu site:
Conteúdo bem escrito, útil e alinhado às palavras-chave certas
Estrutura semântica (headings, títulos, meta tags)
Experiência do usuário (UX) e credibilidade (E-E-A-T)
Uso de dados estruturados para ajudar buscadores a entender seu conteúdo
Off-page SEO
Tudo o que acontece fora do seu site e impacta sua reputação:
Backlinks de qualidade apontando para suas páginas
Menções à sua marca em outros canais
Construção de autoridade e confiança no seu setor
SEO Técnico
A base invisível que garante que o site funcione bem e seja rastreável:
Arquitetura clara e navegação simples
Velocidade de carregamento e performance em dispositivos móveis
Indexabilidade (sitemap, robots.txt, canonical tags)
Dados estruturados (schema) para enriquecer a forma como você aparece na busca
O que evitar no SEO (alerta rápido)
Nem tudo que promete resultado rápido em SEO funciona de verdade, e vamos falar um pouco disso lá na frente, mas algumas práticas podem até gerar penalizações e vale a pena citar já de início. Fique longe de:
Keyword stuffing (forçar palavras-chave em excesso)
Compra de links em massa
Conteúdo duplicado ou raso, criado só para ranquear
Cloaking (mostrar uma versão para o Google e outra para o usuário)
SEO é sobre consistência, não atalhos!
O que é SEO, mas a partir de casos reais!
Aqui, a proposta é responder de um jeito diferente à velha pergunta: o que é SEO?Nada de teoria solta. Vamos falar de casos reais, construídos no dia a dia e pensados para resolver desafios concretos das marcas que atendemos.
Mas, antes de mergulhar nas aplicações, vale um passo atrás (prometo que é rápido).
Definição de SEO
SEO (Search Engine Optimization) é o trabalho de criar e aprimorar páginas da web usando estratégias que fazem seu site ser encontrado pelas pessoas certas nos mecanismos de busca.
Essa é a teoria.Na prática, a definição de SEO muda conforme o contexto, o mercado e a forma como a estratégia é aplicada.
A força do SEO para trazer leads qualificados
Uma fintech de crédito pessoal tinha uma landing page bonita e completa, mas invisível para quem buscava por “empréstimo pessoal”.
O problema? A página falava de tudo de forma genérica, enquanto os usuários buscavam finalidades específicas: viajar, empreender, pagar eventos da vida.
A solução veio em duas frentes:
Criamos páginas focadas em cada finalidade de empréstimo, alinhadas às buscas reais do público.
Adicionamos um simulador de empréstimo, recurso prático que mostrava valores, prazos e parcelas em poucos cliques.
Com isso, o site passou a aparecer para mais pesquisas, atender diferentes intenções de busca e converter melhor. Resultado: tráfego qualificado + leads mais próximos da decisão.
O impacto no tráfego das páginas foi expressivo:
Páginas de motivo

Fascinante, né? Os detalhes dessa história, você encontra na nossa publicação do case Dividir para conquistar: a força do SEO para trazer leads qualificados.
O poder do monitoramento contínuo em SEO
Uma gigante da indústria brasileira tinha um site robusto, com milhares de páginas e subdomínios.
Em uma análise de rotina, identificamos um “alerta vermelho”: o número de redirecionamentos havia subido 26% em pouco mais de um mês.
Para quem olha de fora, pode parecer detalhe. Mas em sites grandes, redirecionamentos em excesso confundem os bots do Google e prejudicam a autoridade, com impacto direto na performance SEO.
Graças ao monitoramento contínuo, o problema foi detectado e corrigido antes de causar prejuízos.
Esse case mostra que SEO não é só otimizar uma vez, é acompanhar os sinais vitais do site o tempo todo.
Em resumo, o trabalho de otimização também envolve a habilidade de “prever o futuro” e propor soluções antes mesmo de os problemas aparecerem. Parece até magia, mas é técnica e expertise, como você pode conferir em detalhes no case Solução antes do problema: o poder do monitoramento contínuo em SEO.
SEO “de oportunidade” e o poder da categorização
Uma fintech do mercado cripto tinha um portal bem estruturado, mas com um detalhe estratégico: o Bitcoin era apenas uma subcategoria dentro da área de criptomoedas.
Quando o BTC bateu a marca histórica de US$ 60 mil em 2021, o interesse explodiu, mas o site não conseguiu surfar o pico de buscas.
A solução? Transformar o Bitcoin em categoria própria, com destaque maior na arquitetura do portal. Esse ajuste, aliado à melhoria no crawl depth e na estrutura de links internos, mandou um recado claro para o Google: “este é um tema central aqui dentro”.
O resultado: mais visibilidade, tráfego orgânico e reconhecimento de marca em pesquisas relacionadas ao Bitcoin.
A lição é clara: muitas vezes, não é preciso criar novos conteúdos, basta reorganizar o que já existe para aproveitar oportunidades sazonais.
Olha só um dos gráficos que representam a evolução:

Para mergulhar ainda mais nessa história incrível, vale a pena ler o case na íntegra no post SEO “de oportunidade” e o poder da categorização.
Conteúdo

O conteúdo é o pilar que conecta tudo no SEO: intenção de busca, critérios dos buscadores e proposta de valor da marca.
Mas não vale qualquer texto. Seja no Google, no Bing ou em plataformas de IA como o ChatGPT, o que se destaca é o que realmente responde às necessidades das pessoas.
Ou seja: não basta ter qualquer estratégia de conteúdo, é preciso entregar informação útil, confiável, original e com voz própria.
A jornada guiada pelo conteúdo
Topo de funil (descoberta): guias, artigos e explicações que educam e posicionam a marca como referência.
Meio de funil (consideração): comparativos, cases e ferramentas práticas que respondem dúvidas específicas e mostram relevância.
Fundo de funil (conversão e retenção): páginas de produto, landing pages e conteúdos de suporte que impulsionam decisão e fidelização.
O que faz a diferença
Qualidade > quantidade.
Dados originais, exemplos práticos e experiência real.
Uma voz autêntica que traduza a identidade da marca.
O SEO vai muito além da técnica. O impacto está em conteúdo bem arquitetado e que priorize as pessoas, pensado para cada etapa da jornada e para gerar relação verdadeira com o usuário.
Como o SEO evoluiu até aqui
Como você já sabe, o SEO não pode ser resumido a “otimizar páginas para ranquear no Google” (ainda bem!).
Desde seu surgimento, a área vem passando por uma trajetória de evolução cheia de transformações que apontam cada vez mais para o que a gente sempre diz por aqui: o trabalho de otimização precisa combinar visão estratégica, presença em múltiplas plataformas e muita, mas muita capacidade de adaptação.
Ah! E se aqui já começamos a falar um pouco sobre os impactos da inteligência artificial, aqui temos um super guia de atualizações da IA no Google, pra te ajudar a se manter por dentro sem muita complicação.
SEO em 2026: foco nas jornadas, e não nos rankings
Por muito tempo, as práticas de SEO se concentraram no objetivo máximo de conquistar posições de destaque no ranking de resultados orgânicos do Google.
Mas, atualmente, as abordagens que se limitam a isso já são consideradas obsoletas.
Na web contemporânea, as estratégias de otimização precisam considerar a jornada da pessoa usuária de ponta a ponta, entendendo cada ponto de contato e cada aspecto do que leva os indivíduos a pesquisarem na internet. É preciso criar páginas capazes de mitigar até as dúvidas mais complexas, oferecer valor e guiar a experiência de forma holística, em superfícies que vão muito além da tradicional lista de links das SERPs.
Na prática, isso significa:
Do clique à experiência completa
SEO não é mais só disputa por visitas vindas do Google.Com as zero click searches e o avanço das IAs, a jornada começa muitas vezes antes do clique (em resumos automáticos, redes sociais ou outras plataformas).
O que isso muda na prática?
Conheça sua audiência: personas bem definidas guiam mensagens mais certeiras.
Mapeie a jornada: cada etapa (topo, meio, fundo) pede um tipo de conteúdo diferente.
Aposte em nicho e especialização: páginas focadas em problemas reais geram mais confiança do que conteúdos genéricos.
Integre SEO e UX: navegação simples, clareza e arquitetura sólida aumentam permanência e conversão.
O ranking é só o começo. O objetivo é entregar valor ao longo de toda a jornada!
O papel da intenção de busca
A busca deixou de ser sobre palavras exatas e agora é sobre contexto.Os algoritmos querem entender o que a pessoa realmente quer quando pesquisa.
Camadas da search intent em 2026
Microintenções: comparar, validar confiabilidade, descobrir novidades.
Contexto situacional: a mesma busca pode ter sentidos diferentes em desktop, mobile ou voz.
Formato preferido: certas intenções pedem vídeos longos, outras carrosséis rápidos, outras ainda respostas geradas por IA.
Quem não mapeia essas nuances corre o risco de produzir conteúdo irrelevante. O caminho é investir em pesquisa, clusterização e interpretação real das intenções.
O impacto das IAs no SEO: AI Overview, AI Mode e além

A ascensão das buscas generativas e das IAs conversacionais mudou profundamente a forma como pensamos o SEO.
Na verdade, essas tecnologias chegaram para transformar de uma vez por todas a própria forma como as pessoas compartilham, consomem e procuram informações na internet. Aliás, a gente já abordou os detalhes desse processo de “metamorfose digital” lá no nosso Guia sobre IA e SEO.
As IAs têm potencial para resumir, priorizar e entregar respostas sem que o usuário precise clicar em vários links, o que exige repensar estratégias tradicionais de otimização. Mas, longe de substituir o SEO, a ideia de otimizar para mecanismos generativos pede uma expansão do que já era praticado e estudado anteriormente.
AI Overviews e AI Mode
Não dá pra falar sobre IAs nas pesquisas web sem mencionar dois dos recursos do Google que mais marcaram o boom das buscas generativas:
AI Overviews: são aqueles resumos automáticos exibidos pelo buscador nas próprias páginas de busca. Essas respostas, que receberam o nome de “Visão geral criada por IA” no Brasil, agregam informações de diferentes fontes sobre o tópico pesquisado. O objetivo é oferecer visões panorâmicas acerca dos assuntos e tirar dúvidas de maneira praticamente instantânea, sem que os usuários precisem clicar nos resultados orgânicos.
AI Mode: inaugurado na web brasileira em setembro de 2025, o AI Mode é o recurso de busca generativa mais robusto do Google. Ele é como uma expansão das capacidades dos AI Overviews, já que entrega respostas bem mais longas, sofisticadas e detalhadas. Além disso, a modalidade é supereficiente no raciocínio multicamadas, o que permite que os usuários façam consultas altamente complexas e com várias nuances, perguntas sequenciais ou “dúvidas dentro de outras dúvidas”.
Se você já tem familiaridade com essas ferramentas, provavelmente percebeu que ambas trazem hiperlinks em suas respostas e listam as páginas usadas como fontes em painéis voltados especialmente para as referências.
Na prática, isso afetou a visibilidade imediata dos resultados orgânicos presentes no ranking tradicional, que são “empurrados para baixo” nas configurações atuais das SERPs… mas também abriu novos espaços de potencial exposição para os sites.
O dilema da visibilidade e o Great Decoupling em SEO
O avanço das respostas automatizadas e dos AI Overviews trouxe um desafio crucial para o SEO moderno: como medir e manter visibilidade quando o usuário não precisa mais clicar nos links para obter a informação que procura?
Aliás, o novo cenário despertou a necessidade de repensar o próprio conceito de visibilidade orgânica. Se os rankings de resultados convencionais já não têm uma centralidade tão grande, o que realmente significa “estar visível nas buscas”?
É uma reflexão que passa por alguns pontos importantes: muitas consultas agora recebem respostas completas diretamente na SERP, seja via snippets, carrosséis, painéis de conhecimento ou AI Overviews. Isso significa que os usuários vêm clicando cada vez menos nos resultados orgânicos, gerando o fenômeno conhecido como zero click search (buscas sem clique).
Curiosamente, para muitos sites, a queda na média de cliques veio acompanhada por um aumento no número de impressões. Em outras palavras, esses portais estão aparecendo em uma quantidade maior de buscas, mas recebendo menos acessos.
É um movimento contraintuitivo: até pouco tempo atrás, a lógica “mais impressões = mais cliques” parecia óbvia e natural. Esse fenômeno da relação inversamente proporcional entre duas métricas que costumavam caminhar juntas foi batizado como “The Great Decoupling” (o grande desacoplamento) na comunidade global de SEO.
A explicação está nas novas configurações das SERPs. Com a popularização dos AI Overviews, os sites ganharam novas “vitrines”, ou seja, espaços de exposição visualmente privilegiados dentro das páginas de resultados. Quem é citado entre as fontes e referências dos resumos generativos aparece antes de toda a listagem orgânica convencional, conquistando mais impressões.
Entretanto, como os Overviews muitas vezes entregam as respostas que os usuários procuram sem que eles precisem acessar qualquer site, os cliques não vêm.
E o que isso nos diz sobre o dilema da visibilidade?
Que “aparecer em destaque nas buscas”, “atrair visitantes para o site” e “conquistar boas posições no ranking” já não têm mais tanta relação entre si.
Algumas das implicações práticas são:
Presença indireta importa: aparecer citado em um AI Overview ou em um snippet faz seu conteúdo ser reconhecido como autoridade, mesmo que o tráfego direto não aumente significativamente. A visibilidade se redefine como influência e referência, não apenas visitas.
Necessidade de conteúdos interpretáveis por IA: para ser citado nas respostas automatizadas, o conteúdo precisa ser claro, bem estruturado e rico em dados, evidências e entidades. Isso não só ajuda o algoritmo a entender o conteúdo, como também entrega mais valor ao usuário.
Multicanal e consistência de marca: a visibilidade agora não depende apenas do seu site. É fundamental construir presença em diferentes frentes, como vídeos, redes sociais, guias, fóruns e marketplaces, garantindo que seu conteúdo seja detectável e valorizado tanto por humanos quanto por IAs.
Em resumo, “visibilidade” tem a ver com ser encontrado, citado e visto como confiável, e não apenas com cliques e posições. Isso exige uma visão estratégica mais ampla do SEO, que integra conteúdo, dados estruturados e autoridade em múltiplos canais.
Novos conceitos: AEO e GEO
Com a ascensão da busca generativa, surgiram novas definições no universo do SEO. É o caso das siglas AEO e GEO.
O AEO (Answer Engine Optimization), ou “otimização para mecanismos de resposta” é a ideia de estruturar o conteúdo pensando em oferecer respostas rápidas e objetivas para as principais dúvidas dos usuários.
O objetivo é que essas explicações diretas sejam selecionadas pelas inteligências artificiais nas consultas em que as dúvidas aparecem ou em queries que exigem definições imediatas. A construção “orientada a respostas” aumentaria as oportunidades de ter a página mencionada pelas tecnologias generativas, tanto textuais quanto de assistentes de voz, como Siri e Alexa –.
É uma lógica parecida com a que muita gente aplica para tentar aparecer nos featured snippets do Google. Sabe aquilo de colocar um trechinho explicando um conceito de maneira bem sucinta no seu blogpost e depois aprofundar mais o assunto? Então, o raciocínio é quase o mesmo.
Já o GEO (Generative Experience Optimization) carrega um significado mais amplo. Diferente do AEO, que foca em dar respostas objetivas, o conceito de “otimização para experiências generativas” engloba não apenas a criação de conteúdo “answer-first”, mas também todas as outras medidas que ajudam a destacar o site ou a marca nas plataformas e ferramentas de IA.
Em outras palavras, o GEO abrange o AEO e mais uma série de práticas pensadas para favorecer a aparição dos conteúdos em interações com chatbots, resumos de AI Overviews e outros sistemas generativos.
Falando mais concretamente, a aplicação dessas duas abordagens envolveria pontos como:
Estruturação clara de tópicos, subtópicos e hierarquia de informações, uso de listas e bullet points para destacar as partes mais importantes, inclusão de definições rápidas e precisas antes das explicações aprofundadas etc.
Conteúdo confiável, com referências, evidências e dados verificados.
Antecipação de dúvidas complementares, oferecendo respostas completas e contextualizadas, e presença de F.A.Q nas páginas.
Uso estratégico de entidades e conceitos relacionados para aumentar a compreensão semântica do conteúdo.
Marcações de dados estruturados e meta tags que facilitam a identificação das informações por parte dos modelos generativos.
Integração de múltiplos formatos, como texto, imagens e vídeos, para atender às buscas multimodais.
Vale deixar um adendo: como você pode ter percebido, a maioria desses aspectos já estão entre as melhores práticas consagradas no SEO “clássico”.
No fim das contas, esses conceitos modernos surgiram mais como representações de uma mudança de perspectiva, ou seja, da necessidade de adaptar as estratégias à Era das IAs. Mas a verdade é que eles reforçam muito do que é considerado fundamental na otimização old school e adicionam alguns poucos direcionamentos realmente novos.
Portanto, AEO e GEO não substituem o SEO tradicional. São no máximo complementos. Não precisa se preocupar em “reinventar a roda”, e nem correr atrás de serviços ou produtos que baseiam todas as propostas de diferencial no uso dessas siglas modernas.
Anota aí: a melhor estratégia de GEO/AEO/LLMO é um SEO bem feito!
Métricas que mudaram de peso (e as que continuam intactas!)
Com a evolução constante do SEO, muitas métricas que antes eram protagonistas das estratégias de otimização precisam ser reavaliadas.
Afinal, se até a noção de visibilidade está sendo questionada, também vale se perguntar o que significa “sucesso” no novo cenário da otimização web. A tarefa de avaliar o desempenho de sites e páginas já não depende primariamente de indicadores-chave como a taxa de cliques, então vale a pena olhar pros seus KPIs de SEO com carinho (mas não muito… porque a ideia é justamente desapegar de alguns!).
KPIs em declínio
Ainda importam, mas já não contam toda a história:
Posição média de palavras-chave: SERPs fragmentadas e personalizadas tornam esse dado menos confiável sozinho.
CTR orgânico: cada vez mais diluído por snippets, carrosséis e respostas de IA.
Volume bruto de tráfego: sem leads qualificados, é só vaidade.
KPIs que ganharam força
Indicadores que conectam SEO a valor real:
Share de visibilidade por cluster: presença consistente em tópicos estratégicos (topical authority).
Citações em AI Overviews, snippets e rich results: impacto direto em marca e reputação.
Engajamento on-page: interações, tempo de permanência, microconversões.
Ativos de autoridade: conteúdos originais, dados proprietários e insights exclusivos.
Os fundamentos inegociáveis
Alguns pilares continuam sendo a base de tudo:
Infraestrutura técnica: rastreabilidade, indexabilidade e arquitetura claras.
Core Web Vitals + UX: velocidade, estabilidade e experiência fluida.
Conteúdo de qualidade com autoria visível: credibilidade e transparência (Who/How/Why).
Satisfação da intenção de busca: o fator número um para qualquer estratégia dar certo.
O resumo é simples: menos vaidade, mais valor real!
SEO invisível: o que ninguém vê, mas faz diferença
O conteúdo e a usabilidade são os astros responsáveis pela percepção imediata que as pessoas têm do site. Mas existe também um conjunto de elementos essenciais que operam “nos bastidores”, mas que impactam diretamente a performance orgânica.
Esse é o SEO invisível: toda a estrutura profunda que garante que seu site seja entendido, indexado e entregue corretamente pelas máquinas (sites de busca e IAs). Alguns desses aspectos também influenciam a experiência de navegação das pessoas usuárias.
Estamos falando de:
Estrutura técnica e informacional do site: organização inteligente das informações, URLs amigáveis e hierarquia lógica de conteúdo são importantes para criar jornadas de usabilidade fluidas e eficientes.
Recursos específicos de indexabilidade e rastreabilidade: o uso de sitemaps, robots.txt, canonical tags, hreflang e outras configurações garantem que os buscadores encontrem, compreendam e priorizem corretamente o conteúdo.
Meta tags e marcação estruturada: o uso de Schema, dados estruturados e meta tags permite que motores de busca interpretem o conteúdo de forma mais precisa, abrindo portas para recursos avançados como snippets, FAQs e AI Overviews.
Segurança e confiabilidade: HTTPS, certificados atualizados e boas práticas de segurança reforçam a confiança do site, fator que influencia tanto usuários quanto mecanismos de classificação de resultados.
Performance mobile-first: com a predominância de acessos por dispositivos móveis, otimizar a experiência mobile é indispensável. Layout responsivo, menus acessíveis e velocidade adequada são obrigatórios.
Em resumo, o SEO invisível é como a medula da estratégia de otimização: sem ele, mesmo o conteúdo mais relevante e otimizado para as palavras-chave certas pode não alcançar o público desejado.
O futuro do SEO: para onde estamos indo

O SEO nunca para de evoluir, e acompanhar as tendências de perto é essencial para não ficar para trás.
Agora que já viajamos pelo passado da área e exploramos a fundo os cenários do presente, é hora de olhar para o futuro: a seguir, você confere alguns insights sobre o que aguarda o universo do SEO nos próximos anos, tudo com base na observação analítica do que já está acontecendo atualmente.
GEO, AEO e buscas generativas
A busca generativa definitivamente chegou pra ficar.
Daqui pra frente, os modelos de linguagem inteligentes continuarão marcando presença em cada vez mais espaços digitais. Para o SEO, isso significa que algumas tendências que já abordamos aqui devem continuar se intensificando cada vez mais. É o caso de movimentos como:
De ranqueamento a referência: a meta não é só “estar visível” nos rankings orgânicos das SERPs, mas ser citado nas respostas das IAs.
Dados originais como ativo estratégico: pesquisas próprias, benchmarks, relatórios exclusivos e outros materiais autorais se transformam em verdadeiros tesouros para alimentar os modelos de IA que buscam fontes de informações.
Autoridade e transparência: mostrar quem escreve, por que escreve e com qual expertise não é só um capricho de branding. Cada vez mais, caprichar no E-E-A-T é pré-requisito para quem quer ser “puxado” pelos algoritmos generativos.
Multimodalidade e conversação
As buscas vêm deixando de seguir estruturas baseadas no “raciocínio de escrita” e se tornando praticamente extensões da comunicação verbal cotidiana.
No futuro, a experiência da pesquisa online tende a se parecer cada vez mais com os diálogos humanos, mas com o “extra” da multimodalidade: a capacidade de misturar textos, comandos de voz, mídias, arquivos, dados brutos e muitos outros formatos de conteúdo em uma única consulta.
Estamos falando da popularização de cenários como:
Usuários fazendo upload de imagens ou vídeos para pesquisar informações (“que planta é essa na foto?”).
Consultas feitas por voz usando um estilo de comunicação extremamente conversacional e que exigem respostas com nuances contextuais (“Google, eu tava aqui no shopping pra comprar o tênis da marca X que tá naquelas trends TikTok, mas tô na dúvida com o da marca Y porque a vendedora falou que o material é mais forte, me diz rápido aí qual é o melhor pra fazer trilha…”). Interações desse tipo já se tornaram bastante comuns em plataformas como o ChatGPT.
Buscadores indexando trechos específicos de vídeos, nos quais as respostas para o que foi pesquisado já aparecem marcadas.
Para as marcas, isso reforça a importância de produzir ativos em formatos variados, garantir que as páginas atendam às buscas conversacionais e construir jornadas não-lineares (o usuário pode começar com voz, continuar em imagem e finalizar em texto, por exemplo).
SEO como presença digital expandida
O SEO do amanhã deve se basear em abordagens que descentralizam os rankings de resultados orgânicos como fontes máximas de visibilidade.
A “corrida do ouro” da performance digital já envolve várias frentes diferentes, uma configuração que tem tudo para ganhar ainda mais força no futuro. O sucesso na missão de conquistar mais espaço na internet depende da capacidade de orquestrar múltiplas plataformas e de marcar presença em diversos ecossistemas, incluindo:
Listagens de resultados tradicionais: ainda contam, mas não “monopolizam” o tráfego orgânico associado às pesquisas.
AI Overviews, snippets e respostas de chatbots: presenças que nem sempre geram cliques, mas têm muito valor para o reconhecimento de marca.
Ambientes sociais indexados: discussões em fóruns, TikTok, Reddit e outras plataformas que giram em torno de UGC (conteúdo gerado pelos usuários) também entram no jogo da descoberta.
Plataformas proprietárias e nichadas: marketplaces, comparadores e assistentes pessoais de IA viram novos territórios de disputa.
Conclusão: SEO é para pessoas, e não para robôs
No fim, o SEO nunca foi apenas sobre agradar algoritmos ou conquistar posições no Google. Ele sempre teve como propósito conectar marcas a pessoas, responder às necessidades reais do público e criar experiências que geram valor. Hoje, com a presença das IAs e as mudanças no jeito como buscamos informações, essa essência só fica mais clara: não importa o canal, o que sustenta uma boa estratégia é a capacidade de ser útil, confiável e relevante. SEO continua sendo sobre gente, e é isso que garante resultados que vão além do ranking!
E aí, o que achou? Bastante coisa, né? Mas esse foi nosso jeito de te deixar por dentro e (super) atualizado sobre o que tá rolando nesse nosso cenário digital. Esperamos que tenha gostado deste texto e se precisar de ajuda para alavancar seu negócio e aumentar ainda mais a visibilidade da sua marca, vem falar com a gente aqui na Wesearch!
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