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Foto do escritorJuliana Melo

Marketing de Conteúdo: por que fazer e impactos no SEO da sua empresa

Atualizado: 6 de nov. de 2024


Ilustração em IA mostrando a tela de um computador com um megafone saindo da tela

Diz aí: você sabe qual é a relação entre o seu carro e os restaurantes mais sofisticados do mundo?


Não, você não leu errado. E também não estamos tentando começar uma piada (“um chef de cozinha e um mecânico entram em um bar…”). Na verdade, por mais estranho que possa parecer, a resposta para essa pergunta inusitada está no marketing de conteúdo.


Em 2024, 21 restaurantes brasileiros foram premiados com as famosas estrelas Michelin. É uma baita conquista: quase todo mundo sabe que esses são os selos de reconhecimento mais cobiçados do universo gastronômico. Mas o que muita gente nem imagina é que a fama das estrelas Michelin nasceu de uma das sacadas de marketing de conteúdo mais geniais de todos os tempos – muito antes do surgimento desse conceito na publicidade –.


Não é à toa que os pneus da marca Michelin estão entre os mais populares do mundo (sim, é daí que vem o nome do aclamado guia gastronômico!). Bateu a curiosidade? Então é só continuar a leitura. 


No nosso post de hoje, você vai descobrir os detalhes dessa história e entender de uma vez por todas o que é o marketing de conteúdo. De quebra, vamos te mostrar como esse tipo de estratégia pode revolucionar a visibilidade da sua empresa e impulsionar a sua estratégia de SEO!


Aqui, você encontrará: 



O que é Marketing de Conteúdo? 


O marketing de conteúdo é uma abordagem de marketing que gira em torno de um conceito aparentemente simples: oferecer conteúdos enriquecedores para quem realmente precisa deles. 


Parte da metodologia conhecida como Inbound Marketing, essa estratégia parte de um princípio diferente de outros recursos de marketing populares – como anúncios, propagandas de TV e outdoors –. Isso porque, em vez de divulgar diretamente alguma marca, produto ou serviço, ela foca em disponibilizar materiais úteis que sejam capazes de atender às necessidades das pessoas.


Na prática, o marketing de conteúdo acontece principalmente no mundo digital. A ideia é usar os canais da marca para levar informações verdadeiramente relevantes para os usuários. Quando você produz conteúdos que ajudam a esclarecer dúvidas e abordam temas relevantes para o seu público, está gerando valor para quem consome aquele material. 


Oficialmente, o marketing de conteúdo é “filho” do marketing digital – o conceito começou a aparecer por aí depois da popularização da internet –. Mas a proposta por trás dele está longe de ser nova. 


Livros vermelhos de capa dura do Guia Michelin da década de 30, empilhados de forma irregular

A estratégia de informar o público já estava na mente dos franceses Andre Michelin e Edouard Michelin em 1889, quando eles inauguraram uma empresa de pneus. Na época, existiam menos de 3.000 automóveis na França inteira. 


Percebendo o potencial de crescimento daquele novo mercado, os irmãos Michelin publicaram um guia que reunia informações úteis sobre restaurantes, hotéis, estradas, postos de gasolina, serviços turísticos e oficinas mecânicas presentes em todo o território francês. Além disso, o Guia Michelin incluía um passo a passo sobre como trocar pneus. 


Embora os guias de viagem já existissem aos montes, esse foi o primeiro manual pensado especialmente para as necessidades de quem viajava de carro. Em poucos anos, o Guia Michelin se tornou o queridinho dos turistas motorizados: para quem gostava de pegar a estrada, era praticamente impossível não conhecer a marca. 


Nem precisamos falar sobre os resultados dessa sacada genial, né? Hoje em dia, a Michelin está entre os nomes mais importantes do mercado automobilístico… e a estratégia foi tão eficiente que o manual acabou conquistando um status muito além do esperado. 


Com o tempo, as recomendações gastronômicas passaram a fazer tanto sucesso que o Guia Michelin se consolidou como referência internacional na área e se tornou uma marca autônoma. É uma prova de como o marketing de conteúdo já era poderoso mesmo antes de receber esse nome!    


Entenda a relevância e benefícios do Marketing de Conteúdo: 


Se a proposta de gerar valor para o público por meio de informações relevantes já fez sucesso na época dos irmãos Michelin, imagine o potencial que o marketing de conteúdo ganhou com a chegada da Transformação Digital!


Pense assim: o que você faz quando precisa descobrir uma informação rapidamente, entender o significado de uma palavra ou aprender sobre um assunto novo?


Pesquisa na internet, é lógico! Assim como você, a maioria das pessoas do mundo recorre às buscas online para encontrar respostas, instruções, recomendações, referências de estudo etc. 


Agora imagine alguém que está com uma dúvida sobre um tema que tem tudo a ver com a área de atuação da sua empresa. Esse usuário pega o celular, dá um Google… e se depara com uma página do seu site que responde a todas as perguntas que ele tinha sobre o assunto.


Mesmo que o internauta do exemplo nem conhecesse a sua marca antes da pesquisa, as informações de qualidade provavelmente farão com que ele confie nos seus canais digitais. Quando essa pessoa precisar de um dos produtos ou serviços que você fornece, ela vai se lembrar da sua empresa na hora de escolher onde comprar.


Em outras palavras, o marketing de conteúdo é uma forma de atrair o público para a sua marca “indiretamente”. Quando bem executada, essa estratégia pode trazer resultados excelentes – não é à toa que tantas grandes empresas investem na criação de blogs e em publicações informativas para as redes sociais – .


Confira, a seguir, alguns dos benefícios práticos que o marketing de conteúdo pode trazer para a sua marca:


Aumento de tráfego no site 


A combinação entre marketing de conteúdo e SEO é provavelmente o casamento mais feliz da história do marketing digital.


Se a sua empresa tem um site ou um blog, por exemplo, não adianta produzir ótimos conteúdos cheios de informações valiosas… se eles não forem encontrados pelas pessoas. É aqui que acontece a mágica do Search Engine Optimization (otimização para mecanismos de busca).


O objetivo do SEO é fazer com que um portal alcance boas posições nas páginas de resultados das buscas (também chamadas de SERPs, “Search Engine Results Pages”). Em outras palavras, um trabalho de otimização bem feito ajuda o seu site a aparecer entre os primeiros resultados exibidos quando alguém faz uma pesquisa em um buscador como o Google.


Não é difícil deduzir que os sites bem posicionados nas SERPs atraem mais acessos – e, consequentemente, mais visibilidade –. Esse é o cobiçado tráfego orgânico.


Aí é que está: no Google, a ordem de exibição dos resultados é influenciada por vários fatores complexos. Mas um dos requisitos mais importantes para quem deseja se destacar é a capacidade de produzir conteúdo “útil, confiável e que prioriza as pessoas”. Os sites que aparecem nos primeiros lugares são aqueles que entregam as informações que os usuários precisam.


É por isso que SEO e marketing de conteúdo quase sempre caminham lado a lado. Dá para dizer que é uma via de mão dupla: o sucesso da otimização depende de um conteúdo forte para alavancar os acessos de um site. Da mesma forma, o marketing de conteúdo ganha muita potência quando é combinado com uma estratégia de SEO mais ampla.


Se o seu objetivo é impulsionar os canais digitais da sua marca, vale muito a pena investir nessa dupla dinâmica!


Brand Awareness 


Quando você está lavando a louça e precisa tirar alguma sujeira mais difícil das panelas, o que vem à sua cabeça: “esponja de aço” ou “bombril”? E quando quer tirar aquela sujeirinha inconveniente do ouvido, você usa hastes flexíveis com ponta de algodão ou cotonetes?


Curativos adesivos são band-aids, sandálias de dedo são havaianas e macarrão instantâneo é miojo: nesses exemplos, o fenômeno da língua portuguesa que os linguistas chamam de metonímia é um efeito do que os publicitários nomeiam como brand awareness (ou consciência de marca).


É isso que faz alguns alguns nomes de marcas virarem formas generalizadas de se referir a uma categoria inteira de produtos. De maneira simplificada, brand awareness é o nível de reconhecimento que uma empresa conquista junto ao público. Fortalecer a consciência de marca significa fazer com que o seu negócio seja visto como confiável pelas pessoas e se torne referência no seu nicho de mercado.


E o marketing de conteúdo é um grande aliado nessa missão. Ao longo do tempo, se você produz conteúdos que realmente agregam algo ao dia a dia de quem consome, o público passa a associar a sua marca a uma posição de autoridade em determinados assuntos.


Mais engajamento com a marca 


Embora se concentre na ideia de educar a audiência, o marketing de conteúdo não precisa se limitar a uma transmissão unilateral de informações.


Na verdade, é comum que esse tipo de estratégia inclua elementos que estimulam a interação do público com a marca. Quando as pessoas percebem que a sua empresa se dedica a ajudá-las na resolução dos problemas cotidianos, o engajamento nos canais de comunicação aumenta naturalmente.


Um bom trabalho de marketing de conteúdo faz com que os usuários mantenham um relacionamento mais próximo com a sua marca e procurem por ela quando precisam de respostas confiáveis. Isso também faz com que mais gente se disponha a “defender” a sua empresa e recomendá-la por aí – esses são os clientes conhecidos como promotores ou “evangelizadores” –.


Geração de leads 


Quando o assunto é aquisição de leads, o marketing de conteúdo tem o poder de preencher as lacunas deixadas pela publicidade tradicional.


Afinal, hoje em dia, é difícil conquistar clientes em potencial sem estabelecer uma relação de confiança com os consumidores – e essa é uma tarefa desafiadora –. É o que mostra o estudo Edelman Trust Barometer 2022, uma tradicional pesquisa que mede a confiança do público nas instituições. No levantamento, um quinto dos entrevistados afirmaram não acreditar em informações vistas apenas na publicidade.


Em outras palavras, muita gente tende a ficar com aquela pulga atrás da orelha quando se deparam com anúncios, propagandas e outros materiais que têm a função explícita de vender.


Com o marketing de conteúdo, a história é diferente: estamos falando de uma estratégia que foca na construção de relacionamentos de longo prazo com o público. Isso aumenta o número de consumidores dispostos a compartilhar informações de contato, por exemplo – algo essencial para que as equipes de vendas possam transformar o interesse das pessoas em conversões –.


Além disso, no marketing de conteúdo, a marca tem algo para oferecer em troca dos dados que os usuários cedem. É o que acontece quando um site traz um formulário que os visitantes podem preencher para receber materiais ricos como ebooks e minicursos, por exemplo. Nesse caso, os conteúdos funcionam como uma espécie de moeda de troca.


Redução do Custo de Aquisição de Clientes


De acordo com os dados da Demand Metric, o marketing de conteúdo tem um custo 62% menor do que o marketing tradicional.


Se você tem um blog bem otimizado e cheio de postagens relevantes, por exemplo, é provável que essa plataforma atraia novos consumidores de maneira recorrente. Isso gera visibilidade orgânica e reduz a necessidade de investir em recursos de publicidade paga. A longo prazo, o marketing de conteúdo é capaz de diminuir o Custo de Aquisição de Clientes (CAC) e promover economia para a empresa.


Conheça a metodologia do Inbound Marketing 


Como já mencionamos, o marketing de conteúdo faz parte do inbound marketing – também conhecido como marketing de atração –.


Esse termo guarda-chuva é usado para se referir a todas as estratégias que buscam atrair a atenção dos consumidores sem usar recursos considerados invasivos (ou seja, anúncios “apelativos” que as pessoas não podem simplesmente escolher não visualizar).


No inbound marketing, a ideia é chamar a atenção do público de forma mais sutil, fazendo com que as pessoas se sintam convidadas a adentrar no universo da marca. É como se você abrisse as portas da sua empresa para que os consumidores cheguem até ela por conta própria e escolham ouvir a mensagem que você quer passar.


As estratégias de marketing de atração podem ser planejadas e executadas de diversas formas. Mas, em geral, elas costumam seguir quatro grandes etapas:


  • Atração inicial: esse é o momento em que você oferece algo ao público (como conteúdos relevantes) para que as pessoas passem a visitar os espaços da sua marca com alguma regularidade. Essa etapa geralmente funciona por meio de recursos como blogposts, vídeos informativos e posts nas redes sociais.

  • Conversão: etapa em que alguns dos visitantes engajados se transformam em leads, o que pode ser feito por meio de landing pages estratégicas, mensagens de e-mail marketing, calls to action etc.

  • Venda: aqui, os leads completam a jornada de compra e se tornam clientes. É comum que esse passo exija contatos mais diretos e personalizados, como ligações, mensagens de WhatsApp e reuniões.

  • Fidelização: com uma atenção especial à experiência do cliente (CX), o inbound marketing se dedica a continuar encantando os consumidores no pós-venda por meio de canais de comunicação eficazes, bom atendimento e conteúdos mais direcionados. Assim, é possível fidelizar os clientes e fazer com que eles se tornem promotores da marca.


Compreenda os 4 pilares do Marketing de Conteúdo: 


Certo, mas… na prática, como começar a usar o marketing de conteúdo?


Bom, na verdade, não existe uma resposta universal para essa pergunta. 


A estratégia perfeita é aquela que se encaixa nas demandas e nos objetivos da sua empresa. Embora não possamos te passar uma fórmula pronta, é claro que a gente vai indicar o caminho das pedras: a seguir, você conhecerá os quatro pilares do marketing de conteúdo. Você pode usar esses passos básicos como um “esqueleto” para montar um plano personalizado e seguir encantando cada vez mais clientes.


Planejamento estratégico 


Como quase tudo no mundo da publicidade, o marketing de conteúdo só funciona quando parte de um planejamento bem pensado.


Por isso, antes de mais nada, você precisa traçar um plano detalhado que inclua questões como:


  1. Metas e prioridades: comece definindo os principais objetivos da sua estratégia. Do que a sua empresa mais precisa no momento? É aumentar o número de vendas? Atrair mais leads? Conquistar mais visibilidade e brand awareness? Essas respostas precisam ser transformadas em metas concretas e mensuráveis, que serão as “bússolas” responsáveis por orientar a sua estratégia de marketing de conteúdo.


  1. Público-alvo: para quem o seu conteúdo será destinado? Se você deseja produzir materiais relevantes de verdade, precisa conhecer os perfis das pessoas que vão consumi-lo. Faça uma pesquisa detalhada para descobrir quais são as dores, os interesses e as características demográficas do seu público-alvo. Use tudo isso para elaborar uma ou mais personas


  1. Análise de concorrência: como é o marketing de conteúdo dos seus concorrentes? Preste atenção no que as outras marcas do seu nicho estão investindo para entender o que faz sucesso no seu segmento e o que não funciona muito bem. Essa é a melhor forma de obter inspirações, descobrir o que você deve evitar e bolar jeitos de se diferenciar.


  1. Escolha dos formatos de conteúdo: agora, chegou o momento de definir quais formatos de conteúdo e canais de comunicação farão parte da sua estratégia. A variedade de opções é bem grande – blogposts, vídeos curtos para redes sociais, posts estáticos, infográficos, ebooks, vídeos para YouTube, podcasts etc –, então tente pensar nos materiais que o seu público-alvo costuma consumir. 


Ah, fica a dica: na hora de escolher os formatos, reflita também sobre como a produção dos conteúdos vai se encaixar no orçamento e no fluxo de trabalho da sua empresa. Afinal, nem todo mundo tem os equipamentos e a disponibilidade para criar um podcast, por exemplo. Lembre-se de que a prioridade é sempre garantir a qualidade dos conteúdos.


Criação de conteúdo de valor 


Tudo certo com o planejamento? Então é hora de colocar a mão na massa e criar os conteúdos!


A gente acabou de falar, mas esse aspecto é tão importante que vale a pena repetir: para que o marketing de conteúdo funcione, os materiais distribuídos precisam ser bons de verdade. 


Não adianta manter a produção regular dos conteúdos se eles não forem de ótima qualidade. É essencial investir na produção de materiais originais, que sejam baseados em fontes confiáveis e tragam informações atualizadas. Lembre-se: a ideia é que a sua marca seja vista como especialista.


Mas até mesmo as informações mais valiosas podem acabar se perdendo em meio a um conteúdo desagradável. Por isso, é essencial garantir que os seus materiais sejam capazes de proporcionar boas experiências aos usuários do início ao fim.


No caso de conteúdos textuais, isso significa prestar atenção a questões como adequação gramatical, estilo, fluidez da leitura e formatação. Também é importante que os textos tenham identidade e autenticidade, o que exige um tom de voz bem definido. 


Para mídias visuais, de som e de vídeo, vale o lembrete de se ligar na qualidade da imagem e do áudio, no conforto visual, nas paletas de cores e nos elementos de design. Seja qual for o formato escolhido, a ideia é evitar qualquer coisa que cause sensações de estranhamento nos usuários e desvie a atenção.


Por fim, os seus conteúdos também precisam ser relevantes, o que significa que eles devem abordar assuntos com os quais o público-alvo se importa. A proposta é que os seus materiais ajudem a audiência a resolver problemas e tirar dúvidas. Por isso, faça estudos constantes para entender o que os consumidores estão buscando – nesse ponto, as pesquisas de palavras-chave podem ser bastante úteis –.


Distribuição e promoção 


Agora que você tem ótimos conteúdos, que tal colocá-los no mundo?


A etapa de distribuição e promoção, como o próprio nome sugere, é o momento de espalhar os seus materiais entre os consumidores. Você pode começar a fazer isso por meio dos canais que atraem mais engajamento do seu público-alvo, como as redes sociais ou as plataformas de blog.


Conteúdos que estimulam a interação e o compartilhamento são ótimas formas de aumentar o alcance das suas comunicações. Também dá para criar uma lista de contatos especiais com os seus leads mais promissores e enviar os materiais por meio de newsletters – uma ótima pedida para quem quer manter o engajamento –.


Para garantir que seus conteúdos cheguem a mais pessoas, vale a pena investir em estratégias de SEO. Assim, você atrai usuários para os canais da sua marca por meio das buscas.


Análise e medição 


Não faz sentido dedicar tempo e recursos a todas essas etapas de construção do marketing de conteúdo… e não ter como saber se ele funciona, né?


Por isso, não deixe de separar um tempo para medir e analisar regularmente os impactos das suas ações. Lembra dos objetivos mensuráveis que você definiu lá no planejamento estratégico? Então, eles servem justamente como métricas para que você entenda o que precisa ser ajustado e melhorado no seu marketing de conteúdo.


Saiba como o funil de vendas e conteúdo se relacionam 


Não dá para falar de marketing de conteúdo sem mencionar o funil de vendas, um conceito superimportante para todas as estratégias inbound.


Ele é uma forma de representar a jornada que um potencial cliente percorre desde a descoberta da marca até a concretização de uma venda. Em outras palavras, o funil de vendas ilustra os estágios que os consumidores atravessam até chegarem ao momento da conversão.


Esse modelo estratégico serve como um mapa que orienta os times de marketing e de vendas na identificação de oportunidades. Para o marketing de conteúdo, ele é essencial para a produção de materiais que façam sentido para os diferentes momentos e necessidades dos consumidores.


Pense assim: a decisão de compra é um processo que acontece em vários passos. 


Geralmente, a jornada começa quando a pessoa percebe que tem uma necessidade ou um problema que precisa ser resolvido. Então, passa a buscar soluções e considerar as possíveis alternativas. É só depois disso que ela decide comprar um produto ou contratar um serviço para solucionar o problema em questão.


Mesmo que seja uma explicação simplificada, você provavelmente percebeu que mencionamos três grandes etapas: identificação do problema, consideração da solução e decisão de compra. É quase certeza que sempre existirá mais gente na primeira etapa do que na última.


Em outras palavras, o número de clientes em potencial vai diminuindo ao longo da jornada. O público tende a se “afunilar” (por isso o nome do funil de vendas). 


No marketing de conteúdo, é importante construir materiais especialmente direcionados para diferentes momentos desse caminho de compra (as etapas do funil). Funciona mais ou menos assim:


  • Topo do Funil: essa é a etapa em que os consumidores estão começando a aprender sobre algum tema ligado à atuação da sua empresa. Ele pode estar pesquisando sobre como resolver um problema ou apenas navegando pelas redes sociais até ser fisgado pelo seu conteúdo. Os materiais destinados ao topo do funil devem se concentrar em ajudar na resolução das dúvidas e passar informações essenciais. 


  • Meio do Funil: nesse momento, os clientes em potencial já estão considerando a possibilidade de fazer uma compra. É quando eles se dedicam a fazer pesquisas mais aprofundadas sobre produtos ou serviços específicos, comparam opções e analisam as marcas. No meio do funil, os conteúdos devem mostrar os diferenciais que a sua empresa tem para oferecer e as vantagens em relação à concorrência.


  • Fundo do Funil: os consumidores que chegaram até aqui já têm todas as informações de que precisam para concretizar a compra. Por isso, os conteúdos voltados para o fundo do funil precisam ser aquele “empurrãozinho”, o incentivo final para que os clientes escolham a sua marca. Você pode usar recursos como cupons promocionais e avaliações gratuitas, por exemplo.


Descubra o que é o Repurposing de conteúdo 


Se um dos seus conteúdos fez sucesso (ou tem um grande potencial de atração), por que não divulgá-lo em mais de uma plataforma?


Essa é a ideia por trás do repurposing, processo em que um material é repaginado para aparecer em outras mídias ou canais de comunicação. É quando você modifica o formato de um conteúdo para que ele se adapte a uma plataforma diferente da original.


Um post de instagram baseado em uma publicação de blog é um bom exemplo de repurposing de conteúdo. O mesmo vale para um vídeo no YouTube que aborda o mesmo assunto de um ebook.


Com essa estratégia, é possível compartilhar um material relevante em mais de um canal de marketing. Dessa forma, o repurposing ajuda a diversificar os formatos de conteúdo que você oferece ao público, o que pode fazer com que mais pessoas entrem em contato com a sua marca.


Confira alguns exemplos de Marketing de Conteúdo para se inspirar 


A criação do Guia Michelin não é o único exemplo de marketing de conteúdo que merece os nossos aplausos aqui!


Além da história da famosa empresa de pneus, trouxemos alguns outros cases de sucesso 100% brasileiros que mostram como a estratégia de educar os consumidores pode ser valiosa – tanto para as empresas quanto para as pessoas –.


Confira, a seguir, os exemplos de marketing de conteúdo que podem servir como inspiração para o seu planejamento:


Nubank


Quem nunca ouviu falar no cartão roxinho do Nubank?


O popular banco digital nasceu com a missão de simplificar a relação dos brasileiros com o setor bancário. A proposta do Nubank sempre girou em torno de democratizar o acesso a investimentos, operações financeiras e outros temas que eram vistos como “complicados” pela maioria das pessoas.


Por isso, o marketing de conteúdo do Nubank é uma parte importante do propósito da marca: no Fala, Nubank, os usuários encontram conteúdos acessíveis e informativos sobre assuntos como economia, comportamento financeiro e até gestão de negócios.


A ideia é oferecer materiais que ajudem as pessoas a controlarem suas próprias vidas financeiras, sem aquele monte de termos técnicos e conceitos complexos que são típicos do universo bancário. É assim que a marca se propõe a gerar valor para a audiência.


Print do site do Nubank mostrando a linguagem leve que eles usam para falar sobre finanças

Print do blog do Nubank com os conteúdos que eles produzem para falar sobre educação financeira

💡 Aprenda com esse exemplo de marketing de conteúdo


Como você pôde conferir nos prints, além dos artigos e blogposts tradicionais, o portal da Nubank também tem uma área com vídeos curtos que passam dicas rápidas e respondem dúvidas comuns. 


Esse modelo de conteúdos audiovisuais do tipo “pílulas de conhecimento” é uma ótima inspiração para quem deseja diversificar os formatos de conteúdo!


Alura


Não é fácil aprender a programar.


Sabendo disso, a Alura – maior escola virtual de programação e tecnologia do Brasil – investiu pesado no marketing de conteúdo. Hoje, ela tem diversas plataformas que prestam apoio a quem está iniciando no mundo da computação e até mesmo a desenvolvedores mais experientes.


O site oficial da marca tem um espaço dedicado a artigos escritos por profissionais de tecnologia. Esses materiais educativos “assinados” por especialistas contribuíram muito para que a Alura se consolidasse como referência confiável na área tech.


Em seu canal do YouTube, a empresa também disponibiliza vídeos bastante completos, pensados para ajudar os novos programadores a superarem os desafios da carreira.


Print do blog da Alura, mostrando os conteúdos sobre educação e tecnologia
Print da área do site da Alura onde ficam os conteúdos gratuitos em vídeo

💡 Aprenda com esse exemplo de marketing de conteúdo


Falas de especialistas podem ajudar a reforçar a imagem de confiabilidade da marca. Na retórica, isso se chama argumento de autoridade.


Se a sua empresa tem colaboradores experientes que entendem muito de um determinado assunto ligado ao segmento, por que não “entrevistá-los” e pedir contribuições especializadas para os conteúdos? 


Ser Amo


Para mostrar que o caminho do marketing de conteúdo pode ser trilhado de várias formas, trouxemos um exemplo um pouco diferente dos que mencionamos até agora.


Ao contrário dos casos que você acabou de conhecer – duas grandes empresas que concentram suas estratégias de conteúdo em plataformas próprias, como sites e blogs –, o projeto Ser Amo é nativo das redes sociais.


Na verdade, essa página do Instagram (@ser.amo) foi criada em 2020 por Ana Clara Gomes, que tinha acabado de concluir a formação em psicologia. Era uma pequena conta profissional que servia para compartilhar reflexões valiosas com as pessoas e atrair possíveis clientes para os serviços de psicoterapia da profissional recém-graduada.


Desde o início, os posts abordavam assuntos ligados à saúde mental, inteligência emocional e relacionamentos de maneira leve, com analogias que facilitavam o entendimento e uma abordagem acolhedora.


Só que esse modelo impactou tanta gente que Ana Clara não apenas conseguiu lotar a agenda de atendimentos, como também acabou expandindo bastante o escopo do projeto. 


Quatro anos depois, o perfil do Instagram – já com seus 110 mil seguidores – tinha se tornado o principal canal de comunicação da clínica Ser Amo Psicologia, formada por uma ampla equipe de psicoterapeutas. 


Mesmo depois do crescimento inesperado, a essência dos conteúdos publicados no perfil do Instagram se mantém a mesma: são posts que trazem perspectivas profissionais sobre questões emocionais comuns de maneira descomplicada e descontraída. Além disso, a Ser Amo envia áudios e textos gratuitos sobre esses temas para quem escolhe se inscrever na lista de transmissão.


Print da página da Ser Amo no instagram, mostrando as postagens que eles fazem educando sobre saúde mental

💡 Aprenda com esse exemplo de marketing de conteúdo


As redes sociais podem ser ótimas formas de distribuir conteúdos relevantes para a sua audiência. Afinal, hoje em dia, todo mundo está online!


Posts que abordam dúvidas e problemas comuns ou que fazem referência a situações do dia a dia costumam despertar um sentimento de identificação nos usuários. Por isso, esses materiais têm um grande potencial de atrair compartilhamentos e conquistar um grande número de visualizações. 


Principais canais de distribuição de conteúdo que você pode utilizar: 


Até aqui, é possível que você ainda esteja na dúvida sobre quais são as formas mais eficazes de distribuir os conteúdos da sua marca.


Como já mencionamos, o melhor canal de comunicação é aquele em que o seu público-alvo circula com mais frequência. Além disso, é importante escolher plataformas que você consiga alimentar regularmente, para garantir uma boa frequência de publicações e manter o engajamento dos usuários.


Para te ajudar na decisão, listamos os principais benefícios de alguns dos canais de comunicação mais utilizados no universo do marketing de conteúdo. Confira:


Blog 


Quem nunca recorreu aos bons e velhos blogs para tirar dúvidas?


Aliás, dá para dizer que esse tipo de plataforma passou por um renascimento graças ao marketing de conteúdo: durante muito tempo, os blogs eram mais usados como instrumentos de comunicação pessoal. 


Eles eram mantidos por pessoas que compartilhavam pensamentos, informações e conhecimentos por iniciativa própria (eram os “blogueiros raiz”, por assim dizer).


Mas quando as empresas descobriram o potencial dos blogs como veículos do marketing de conteúdo, a blogosfera passou a ser dominada por portais corporativos. Hoje, esse recurso faz parte da maioria das estratégias de atração.


É fácil entender a popularidade. Afinal, os blogs têm vantagens como:


  • Possibilidade de publicar conteúdos densos e aprofundados, como artigos longos;

  • Espaço para diferentes tipos de mídias, que podem ir de textos comuns a vídeos, imagens e infográficos;

  • Excelente potencial de otimização para SEO;

  • Nos blogs, o seu tráfego não fica sujeito aos algoritmos instáveis das redes sociais. 


Redes Sociais 


Na nossa seção de exemplos, a gente falou um pouquinho sobre como as redes sociais podem impactar as estratégias de marketing de conteúdo.


Segundo o estudo Digital 2024: Brazil, publicado pela DataReportal, o número de brasileiros que utilizam redes sociais já chegava a 144 milhões em janeiro de 2024. É o equivalente a 66,3% da população do país. 


Em outras palavras, se você quer que a sua marca seja reconhecida, é essencial que essas plataformas façam parte do seu planejamento de marketing de conteúdo. Entre os principais benefícios das redes, estão:


  • Alcance impulsionado por compartilhamentos e republicações, o que pode até mesmo levar um post a viralizar;

  • Comunicação mais direta com os usuários e estímulo à interação;

  • Direcionamento de tráfego para outras plataformas, como blog ou site da marca;

  • Criação de proximidade e conexão com o público.


Vídeos 


O boom dos youtubers, que rolou durante a década de 2010, foi o pontapé inicial para transformar os conteúdos audiovisuais nos grandes protagonistas da internet.


Com a popularização do badalado TikTok e a inauguração dos reels no Instagram, esse fenômeno ganhou ainda mais força – dessa vez, com destaque para vídeos curtos de consumo instantâneo –.


Tanto nos formatos “tradicionais” (mais longos, geralmente veiculados no YouTube) quanto no novo formato de conteúdos rápidos, os vídeos são grandes aliados para quem busca alcance e engajamento. Entre as principais vantagens dessas mídias, estão:


  • Facilidade de consumo para os usuários;

  • Versatilidade (podem ser assistidos em computadores, celulares, tablets etc);

  • Apresentação dinâmica e visual das informações, o que é excelente para conteúdos mais instrutivos que pedem demonstrações (como tutoriais).


Materiais ricos 


Não entenda mal: todos os formatos de conteúdo que já mencionamos até aqui podem ser muito enriquecedores para o público.


Mas quando falamos em materiais ricos, estamos nos referindo a conteúdos que trazem informações mais específicas ou aprofundadas do que um blogpost tradicional. É o caso de ebooks, pesquisas, whitepapers, levantamentos estatísticos, templates, planilhas editáveis etc.


Embora envolvam um processo de produção mais longo e trabalhoso, os materiais ricos têm diferenciais como:


  • Grande geração de valor para o público, o que ajuda a construir a imagem de autoridade da marca;

  • Mais chances de receber menções em outros portais por meio de backlinks;

  • Possibilidade de oferecer os conteúdos como formas de recompensa para os usuários que preencherem formulários – uma estratégia bem útil para entender o perfil dos leads –.


Email 


Polêmico, mas nunca esquecido, o email marketing está sempre rodeado por controvérsias.


Realmente, não dá para negar que tipo de comunicação teve a reputação afetada por práticas maliciosas como o envio de spam. Mas isso não significa que ele tenha perdido a eficácia! Na verdade, a distribuição de conteúdos por email costuma ter um ótimo ROI (retorno sobre investimento) quando faz parte de uma estratégia sólida.


No marketing de conteúdo, os emails podem ser boas pedidas porque:


  • Permitem o envio de comunicações personalizadas e conteúdos mais direcionados para os leads;

  • Ajudam a manter o engajamento e estimulam a recorrência (ou seja, podem fazer com que os clientes voltem a comprar na sua empresa);

  • São altamente previsíveis, já que você pode configurar o envio e saber exatamente quantas pessoas abriram as suas mensagens;

  • Em geral, envolvem poucos custos iniciais (para começar, você só precisa investir em uma plataforma de email marketing).


E como fazer a mensuração da estratégia de conteúdo? 

Print da página inicial do Googel Analytics

Você já sabe que mensuração e análise estão entre os grandes pilares do marketing de conteúdo. Mas… como será que essas etapas funcionam na prática?


Assim como todas as outras iniciativas de marketing, a estratégia de conteúdo precisa ser monitorada regularmente com uma atenção especial. É por meio do acompanhamento das métricas que você entenderá os resultados concretos das ações de inbound e os pontos que precisam ser ajustados para potencializar o retorno.


Os indicadores usados na mensuração do marketing de conteúdo dependem dos objetivos definidos no planejamento. Mas, em geral, é comum que o monitoramento inclua métricas como:


  • Custo de Aquisição de Clientes (CAC): indicador que mede o valor total que a empresa precisou investir para conquistar cada cliente;


  • ROI (retorno sobre investimento): porcentagem que expressa a taxa de retorno financeiro obtido a partir de um determinado investimento. Você pode calcular o ROI do marketing de conteúdo de maneira geral e também gerar indicadores separados para acompanhar o retorno de cada plataforma de comunicação individualmente;


  • Dados de tráfego do Google Analytics: se você distribui os conteúdos da sua marca em um site ou blog, vale a pena usar o Google Analytics (GA) para monitorar o tráfego da sua plataforma. Essa ferramenta gratuita do Google gera relatórios completos sobre o volume de acessos, os perfis demográficos dos usuários e até as interações que as pessoas realizam dentro do site.


O impacto do Marketing de Conteúdo na sua estratégia de SEO 


A combinação entre marketing de conteúdo e SEO é provavelmente o casamento mais feliz da história do marketing digital.


Se a sua empresa tem um site ou um blog, por exemplo, é importante fazer com que os seus conteúdos de valor sejam encontrados pelas pessoas. É aqui que acontece a mágica do Search Engine Optimization (otimização para mecanismos de busca).


O objetivo do SEO é fazer com que um portal alcance boas posições nas páginas de resultados das buscas (também chamadas de SERPs, “Search Engine Results Pages”). Em outras palavras, um trabalho de otimização bem feito ajuda o seu site a aparecer entre os primeiros resultados exibidos quando alguém faz uma pesquisa em um buscador como o Google.


Não é difícil deduzir que os sites bem posicionados nas SERPs atraem mais acessos – e, consequentemente, mais visibilidade e mais clientes em potencial –. Esse é tão cobiçado tráfego orgânico.


Aí é que está: no Google, a ordem de exibição dos resultados é influenciada por vários fatores complexos. Mas um dos requisitos mais importantes para quem deseja se destacar é a capacidade de produzir conteúdo “útil, confiável e que prioriza as pessoas”. Os sites que aparecem nos primeiros lugares são aqueles que entregam as informações que os usuários precisam.


É por isso que SEO e marketing de conteúdo quase sempre caminham lado a lado. Dá para dizer que é uma via de mão dupla: o sucesso da otimização depende de um conteúdo forte para alavancar os acessos de um site. Da mesma forma, o marketing de conteúdo ganha muita potência quando os materiais são devidamente otimizados.


Se o seu objetivo é impulsionar os canais digitais da sua marca, vale muito a pena investir nessa dupla dinâmica! Aliás, a Wesearch está aqui para te ajudar com isso.


Com a consultoria de SEO da Wesearch, você tem acesso a estratégias de otimização personalizadas, reports de monitoramento regulares e conteúdos capazes de conquistar tanto os usuários quanto os motores de busca. Para saber mais sobre como aproveitar os benefícios da união entre SEO e marketing de conteúdo, é só mandar uma mensagem para o nosso time!


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